sábado, 17 de dezembro de 2011

Ano que vem

A angustia dos últimos dias do ano andavam a incomodando.Aquela alegria nas ruas não era algo convencional,as pessoas felizes por acharem que iam começar algo novo sendo que era tudo ilusão.Dia 31 de dezembro,dia 01 de janeiro e dai?Como as pessoas conseguiam ser burras a esse ponto?Como não perceber que isso é uma estrategia do mercado,do governo?As pessoas eram burras e isso a irritava profundamente.
Naquele dia precisava ir ao centro,solicitar a segunda via da certidão de nascimento,da primeira só restavam os pedaços.Chegou ao cartório,esperou um pouco.A moça que a atendeu disse que ia demorar uns 20 dias,ou mas,para ficar pronta:
-Sabe como é,fim de ano o pessoal não esta muito afim de trabalhar,agora só ano que vem!
Como ano que vem?E dai que é fim de ano?Só pensou,deu um sorriso e foi embora.
A como odiava o fim de ano,os falsos sentimentos de solidariedade,de amor ao próximo,os especias da tv,a odiava também roberto carlos,odiava muitas coisas.
Parou no vale do anhangabaú,olhou no horizonte e só consegui enxergar as carcaças com suas sacolas cheias de falsas esperanças.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"tire seu sorriso do caminho,que eu quero passar com a minha dor"

"Tire seu sorriso do caminho,que eu quero passar com a minha dor",a música não sai de sua mente,a noite anterior também não.Mas uma briga,mas uma discussão,mas uma quase agressão.As coisas andavam se arrastando a tempos,aos frangalhos.
O amor já não pedia mas passagem,naquele relacionamento só existia espaço para o desamor.Devia ser isso que acontecia com os casamentos milenares,tudo acabava em desamor,em ódio,mas por comodismo,ou qualquer outra coisa,se permanecia na mesma casa,na mesma cama,mesmo não suportando mas aquela velha cara,se mantinha a aparência,a falsa felicidade.
Enquanto pensava,tomava uma cerveja tentava aliviar o tédio,esquecer os desagrados da vida.
Estava cansada,queria construir uma vida nova,renascer,se reinventar,mas por comodismo ou falta de coragem,permanecia passível a tudo.Vivia sem reação tudo lê parecia igual,sem sabor,sem cor.Nascimentos não a comoviam,morte de parente,assalto do vizinho,tudo passava diante do seus olhos sem lê despertar uma só reação,uma lagrima,um sorriso,nada.
A vida lê causava algum tipo de repulsa.Em sua mente doentia não existia significado para a vida.